sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

BRASIL, O PAÍS DO FUTURO

Tudo indica que o crescimento econômico brasileiro
se tornou estável.



Nesta semana o Ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou que o Brasil será em 2015 a 5ª maior economia do mundo. Este ano o país alcançou a 6ª posição após ultrapassar os ingleses.

O crescimento brasileiro acompanha o movimento global de desenvolvimento econômico que alguns emergentes conseguiram alcançar, são eles Brasil, China, Índia e Rússia. 

Podemos nos perguntar por que outros emergentes, como Argentina, não integram esse grupo ou não ostentam, ao menos, resultados semelhantes O certo é que, na America do Sul, por exemplo, não foram todos os estados que experimentaram o ajuste básico das suas finanças, da sua economia e da política, levado a sucesso por aqui. Nosso crescimento ainda é insuficiente para distribuir renda na velocidade que a população pobre necessita, mas os últimos 20 anos de governo são capazes de nos separar da tragédia maior que seria não ocupar, em perfeitas condições, a posição adequada na economia global.

A nossa possibilidade real é crescer entorno de 4% ao ano durante 10 a 20 anos. Isso significa impactar de maneira sensível a vida de cada cidadão em um espaço curto de tempo. Em séculos, talvez seja a geração que mais perceba a evolução da sua renda e da sua qualidade de vida, dia-a-dia.

Em 2010 o PIB cresceu 7,5%. Maior índice em 25 anos.
Entre 2003 e 2010 a média foi de 4%.
Estima-se 4% a 5% em 2012.

O crescimento econômico durante o período FHC foi menor do que o crescimento experimentado durante o governo Lula. Isso não significa que o círculo de crescimento tenha começado somente aí. Depois da redemocratização do país, o governo FHC foi o primeiro a conseguir com sucesso superar os maiores desafios de então: a inflação e a instabilidade política. É o nascimento do cenário que encontramos hoje. As dificuldades experimentadas com a primeira marcha do Plano Real, as crises econômicas constantes e a crise enérgica pesam ainda mais contra o governo tucano.

Atingido o ponto atual, com a manutenção de uma política econômica sóbria, que não jogou fora o potencial de crescimento brasileiro sufocado durante décadas por uma inflação ilusória, o próximo alvo deve ser aprimorar os acertos e enfrentar outros fatores que sufocam o crescimento, como a infra-estrutura, a corrupção, o sistema tributário, a baixa qualificação profissional, escassez de crédito e juros altos. 

Com menos de 10% da população economicamente ativa com diploma universitário, índice inferior a China, Índia e Rússia, o país demonstra que nossas fragilidades são bem maiores que os cuidados básicos com a economia. A questão tributária também demonstra gravidade, em 2011, de cada R$ 100 ganhos o brasileiro deixou R$ 36 nas mãos do estado e o pior: são impostos arrecadados onerando basicamente a produção.

Todos esperam, alguns com mais pressa e necessidade, a manutenção da estabilidade econômica nas próximas décadas. Contudo, ansiamos ainda mais por ver cair por terra os outros monstros que impedem o país do futuro de se tornar realidade. Os projetos dos próximos governos devem se ater às questões economicas até então superadas, mas o potencial brasileiro, escondido por debaixo de véus ainda mais espessos e dificultosos, só será atingindo vencendo inimigos ainda mais difíceis.  

Ainda em 2009, The Economist já anunciava o sucesso
econômico do Brasil.

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