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| Cena clássica de a Dama e o Vagabundo |
O que podemos fazer em um sábado a noite? Encontrar pessoas desconhecidas, abusar do álcool, fumar cigarros, transar por pura diversão. Transar por pura diversão? Confesso que poucas coisas podem ser tão instigantes quanto conhecer a intimidade sexual de uma pessoa, se você se viciar nisso pode sair por aí encontrando pessoas novas e descobrindo o que elas guardam de mais íntimo. Nada como vivenciar aventuras sexuais.
Não vivemos nenhum movimento social revolucionário dos hábitos sexuais, todas as transformações sociais que permitiram nossa sexualidade inusitada já acabaram. O sexo não é mais revolucionário e sentimos um vazio imenso por isso. O grande boom da sexualidade começou nos anos sessenta regado a muita música, inspirado em muito rock. O rock agora não é mais nenhuma novidade, ele vive a sua velhice. O sexo livre é praticado por pessoas em todas as camadas sociais, os antigos ideais que movimentaram a luta da contracultura se separaram do sexo livre. A liberdade sexual agora é um fato inegável para a maioria das pessoas e principalmente para os jovens.
Se antes o sexo era um meio de fazer revolução social, agora o sexo está institucionalizado e incentivado fortemente com apelo na imagem. Porém, nenhum sexo de fim de balada se compara ao sexo que fazemos com a pessoa que amamos. Em uma sociedade que apela excessivamente para a imagem, para a virilidade e para o prazer, algo inevitável ocorreu: o amor romântico foi deixado de lado nessas aventuras de virilidade. Perseguimos a beleza enquanto observamos belos mal resolvidos rechearem nossas cabeças com problemas e confusões. Por que são infelizes se a infelicidade, agora, é uma regalia dos feios e dos mal amados? É que a felicidade e o amor têm forte relação com a beleza, mas essa relação quando corretamente vivenciada sempre identificará beleza na pessoa em que amamos.
Carrie Bradshaw de Sex and the City sempre faz uma pergunta nas suas colunas sobre sexo que assina em um jornal. A minha vai ser: já se sentiu, ao final de uma relação sexual, como se tivesse faltado alguma coisa, algo mais importante do que prazer?
A maioria de nós já passou por situações assim e isso nos incomoda muito. Não quero ser Arnaldo Jabor e repetir suas tolices de best-seller, mas concordando com ele, em um texto de sua autoria largamente difundido na internet: ESTAMOS COM FOME DE AMOR. Estamos com fome de ser amados da maneira mais démodé. O que queremos mesmo é comer macarrão como os personagens da animação A dama e o Vagabundo e sermos surpreendidos em um beijo. O que buscamos mesmo é o amor idealizado, romantizado, que se manifesta nas coisas mais simples. E não o sexo perfeito que vendem por aí.
Arnaldo Jabor encerra o seu texto denunciando uma verdade: antes ser idiota para os outros do que infeliz para si mesmo! Evite as tentações artificiais que vendem fartamente por aí. Persiga o amor, tenha ele como o seu farol, como seu guia. Faça do amor a estrela guia que orienta a sua navegação. Se você perseguir o amor, não haverá erro, mesmo perdido no Triângulo das Bermudas.
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| ARNALDO JABOR. Afinal de contas, o que ele entende de sexo? |



