quarta-feira, 7 de maio de 2008

Algumas linhas sobre cultura POP


Sem dúvida alguma PULP FICTION (Tarantino) é um dos maiores filmes já feitos pela indústria cinematográfica americana. Seu ano de lançamento foi o mesmo de Assassinos por Natureza (Oliver Stone com roteiro do Tarantino) e ambos pairam sobre o mesmo tema da violência gratuita que a indústria americana vende a preço de bananas. Em Pulp Fiction, Tarantino vai buscar na expressão mais vulgar de literatura as influências para o filme. Não tem como deixar de observar a linguagem hollywoodiana voltando-se para ela mesma, como metalinguagem ou estudo complexo de estilo. Observa-se com clareza todo o cinema da década, o cinema de ação, o cinema de aventura, e até o romance. Pulp Fiction é o único filme necessário para se perceber todo o cinema da década de 90.

Mesmo sendo um apreciador de arte muito crítico com a cultura POP, não deixo de observar os caminhos da indústria americana no cinema, na literatura e na música. Escritores de máxima vanguarda e eruditos, como Umberto Eco, já se renderam ao estudos dos elementos constituintes das modernas expressões artísticas da cultura POP. A Misteriosa Chama da Rainha Loana, seu livro mais recente, retrata a busca de um erudito desmemoriado pelas suas memórias de infãncia nos quadrinhos editados no início da indústria. Eu acho que devo mesmo prosseguir com cautela ao apreciar a arte de meu tempo, um canhão de muitas luzes que dispara em direção às tendências mais diversas.