terça-feira, 6 de novembro de 2007

O direito é conhecimento de causa


Filosofia e ciências humanas sempre foram minhas vocaçôes. O que nunca imaginei era que terminaria me dedicando à ciência do Direito. No começo a idéia me pareceu intolerável. O pensamento jurídico, seus problemas, não me interessavam. Meu curso superior deveria ser de filosofia, com ele construiria as bases necessárias para uma opinião concisa sobre as coisas. Afinal de contas a consciência, maneira como se percebe o mundo, é o que temos de mais importante.

Agora vejo no Direito principalmente a chance de me aproximar de uma questão nobre: o problema dos governos. Agora sou um burocrata com prazer, muito.

Ciência Política é uma ciência autônoma, mas pensando como um jurista, sei lá, quase que disseminando um preconceito, a política só pode ser compreendida de dentro do universo do direito. Ao tentar compreender a política de fora do direito a imagem é sempre difusa.

Não quero aqui anunciar o absurdo que seria todo e qualquer governante ser jurista pleno, mas o desconhecimento de causa (imperícia) é o que há de mais perigoso em qualquer atuação prática (efetiva) do conhecimento humano. A imperícia em política só não é pior que má vontade. Uma atividade social não pode se dá com imperícia ou má vontade.

Claro que vale a máxima (axioma mesmo) da técnica: o conhecimento serve ao bem ou ao mal.